
Confucionismo Religião oriental, filosofia, ideologia política e tradição literária baseada nas idéias do filósofo chinês Confúcio (551 a.C.-479 a.C.), forma latina de Kung Tsé (mestre Kong).
Conhecido pelos chineses como junchaio (ensinamentos dos sábios), o princípio básico do confucionismo é a busca do Caminho (Tao), que garante o equilíbrio entre as vontades da Terra e as do Céu.
Permanece como doutrina oficial na China durante quase 2 mil anos, do século II até o início do século XX.
Atualmente 25% da população chinesa afirma viver segundo a ética confucionista.
Fora da China, o confucionismo possui cerca de 6,3 milhões de seguidores, principalmente no Japão, na Coréia do Sul e em Cingapura.
Doutrina confucionista
No confucionismo não existem sacerdotes, livros sagrados ou igreja.
Segundo seus preceitos, a sociedade deve ser regida por um movimento educativo, que parte de cima e equivale ao amor paterno, e por outro de reverência, que parte de baixo, como a obediência de um filho.
O único sacrilégio é desobedecer à regra da piedade.
De acordo com a doutrina, o ser humano é composto de quatro dimensões:
o eu, a comunidade, a natureza e o céu - fonte da auto-realização definitiva.
As cinco virtudes essenciais são o amor ao próximo, a justiça, o cumprimento das regras adequadas de conduta, a autoconsciência da vontade do Céu e a sabedoria e a sinceridade desinteressadas.
Somente aquele que respeita o próximo é capaz de desempenhar seus deveres sociais.
Influência na China
O confucionismo influencia formas de pensamento, educação e governo desde a unificação chinesa, no século II, até a Proclamação da República pelo Kuomintang, em 1911.
Durante a dinastia Han (202 a.C.-221), o imperador recruta seus funcionários entre os confucionistas.
As primeiras críticas ao confucionismo surgem com a república:
a doutrina é considerada conservadora e associada às estruturas feudais.
Entre 1966 e 1976, durante a Grande Revolução Cultural Proletária, é novamente atacado por contrariar os interesses comunistas.
Confúcio
Nasce em meados do século VI a.C., na província de Chan-tung.
De família pobre, recebe uma educação modesta.
Confúcio vive em uma época em que a China encontra-se dividida em estados feudais que lutam pelo poder.
Muda-se várias vezes e, de volta à terra natal, dedica-se ao ensino de um grupo de discípulos.
Ele tenta transformá-los em jens, seres humanos perfeitos que praticam o exercício do amor e da bondade.
Os principais livros atribuídos total ou parcialmente a Confúcio são:
Shu Ching (Livro dos Documentos), sobre a organização política;
I Ching (Livro das Mutações), que trata da metafísica;
Li Ching (Livro dos Ritos), sobre a visão social;
Shih Ching (Livro dos Versos), que traduz a visão poética;
e Chun-Chiu (Anais das Primaveras e Outonos), sobre a história.
As máximas de Confúcio são conhecidas pelo nome de Anacletos (Lun Yu).
Sucessores de Confúcio
Destacam-se Mêncio Mengtzú (371 a.C.-289 a.C.) e Hsun-tzu (300 a.C.-230 a.C.).
Mêncio parte do conceito confuciano de benevolência para desenvolver a doutrina da bondade inata do homem, a qual precisa ser descoberta e aprimorada por meio da meditação.
Já Hsun-tzu defende a teoria da maldade inata.
Segundo ele, o homem é mau e indisciplinado por natureza e somente as regras e as leis possibilitam a vida social.
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